Quinta-feira eu vou viajar, de carro, pelo interior, a trabalho. Devo levar uns 20 dias indo e vindo por aí fazendo o que eu tenho de fazer: fotografando, entrevistando, filmando e escrevendo.
Já pensando nas horas que terei na estrada, fiquei três dias consultando as “filas” de projetos que eu tenho para ver qual o melhor combinava com viagem. Tinha que ser algo simples; que não precisasse contar muito porque eu quero ver a paisagem; que não precisasse ficar medindo porque dividirei o carro com outras pessoas; que não precisasse de apetrechos além de fio e agulha, porque precisa ser prático e quando eu descer do carro não posso ficar me preocupando onde foi que deixei a agulha de espera; precisa ser longo, porque são 20 dias; e que não fosse chato, porque eu estou tricotando para me distrair do trabalho e não ter um trabalho a mais.
Simples.
Sem aumentos e diminuições, tranças, pontos na espera, pedaços e costuras.
Longo o suficiente.
Sem ser chato
Cachecol? É chato.
Gola? É curto/rápido.
A blusa Zen? Ave Maria! Só se fosse para eu perder a agulha de espera, os pontos e a cabeça.
Optei por uma manta de bebê, mais uma pro Saco.
Estava lendo o capítulo de fevereiro do Knitter’s Almanac da EZ (e agora todo dia eu cito alguma coisa que aprendi lá. Me aguente) e tem uma manta em tricô dupla face (Double Knitting). A EZ diz que, par ela, “although people think it’s fascinating, always seems to me a great waste of time”. SENSACIONAL! Eu adoro como ela samba na cara da humanidade jogando por terras as “verdades absolutas” do tricô =D
Mas depois ela reconhece que esta técnica tem suas vantagens, quatro ao todo, e a que mais me chamou atenção foi o fato da mantinha ficar dupla e, por isso, mais fofinha, podendo até ser usada como colchonete (dependendo do fio que você usou) para por os bebês no chão.
E aí eu já passei no armarinho pertinho do meu trabalho e comprei quatro novelos de Bebê Confort, da Cisne. Hoje à noite que faço as amostras e vejo no que dá. A receita será minha mesmo, baseado nas opiniões da EZ, mas diferente. Ela sugere dois fios grossos (worsted) e eu vou de fininhos (fingering). Bem, mando notícias em breve.
(É neste mesmo capítulo a EZ também acaba com o mito de que bebê só pode usar fio acrílico, mas depois eu falo sobre isso.)